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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




Últimas postagens:

08-jul-2015

Gashuku 4 - IAIJUTSU e um Certo olhar aos 16

Seguem as palavras de uma aluna minha de 16 anos que treina em Sorocaba. Se puder, acompanhe nas palavras este certo olhar que ela já tem sobre eventos e valores, que certamente influenciarão sua vida de forma decisiva.


"Neste meu primeiro Gashuku, com o auxilio do Sensei e dos Senpais por orientações, relatos e demonstrações apreciei cada momento o qual passei observando o treino de Jojutsu, treinando Iaijutsu e experimentando o Kusarigama e o Jitte, e assim, a respeitar ainda mais o Mestre Kaminoda.
No domingo, experimentei pela primeira vez Tameshigiri em duas peças, como o esperado, não cortei inteiramente nenhuma por razão de todos os erros que cometo ao realizar os cortes. Entretanto, cortar com a Shin Ken, sentir seu peso e a maneira
como atravessa as fibras, além de ter a consciência real do perigo, foi incrivelmente prazeroso.

No período deste Gashuku, as orientações do Sensei, os relatos dos Senpais e as conversas e experiências próprias fizeram-me refletir sobre vários assuntos, dos quais o que mais obteve minha atenção foi minha posição nessa vida pelo fato de ser jovem e, principalmente, pela postura do Mestre Kaminoda a qual tive a honra de conhecer neste evento.
Primeiramente, refleti como influencio todos a volta pelo posicionamento físico e, principalmente, espiritual. Notando como minha disposição e a de meus colegas nesses dois aspectos possuem a capacidade de mudar o ambiente.
Em segundo lugar, como reajo às adversidades internas e externas do cotidiano.
E nestes dois casos observei como poderei envelhecer muito mais e melhor, tanto fisicamente quanto espiritalmente, e assim, ter boa influência nas pessoas ao meu redor se não desperdiçar minha juventude, como tenho feito por não absorver integralmente bons costumes em todos os momentos, especialmente, aqueles passados com pessoas de mais idade; por não agir com completa disposição e atenção nos momentos de treino, de estudo e de qualquer tarefa realizada para outra pessoa; e por não aproveita este período para desenvolver de maneira saudável o físico, a mente e o espírito, deixando que maus hábitos e más influências me
corrompessem.

Umas das frases do Sensei que refletia constantemente, mas que nunca foi tão presente e inspiradora como agora, é: "O ferro se bate enquanto está quente". E tenho certeza que com o Niten, com bastante esforço e aprendendo sempre irei de maneira adequada produzir e, futuramente, utilizar e manter uma boa espada assim como tantos samurais dos quais obtive contato direto pela convivência através do Niten e indireto através dos relatos.

Fico extremamente grata e honrada ao Sensei, aos Senpais, aos meus pais e a todos aqueles que mantiveram forte a tradição pela oportunidade de fazer parte do Niten e pela oportunidade única que tive participando deste Gashuku.
Arigatou Gozaimashita!!
Sayounara."


Celinne - Sorocaba


























06-jul-2015

Gashuku 2 - Kenjutsu, a água fresca e a fonte

"Ontem voltamos com a comitiva Argentina do Gashuku em homenagem a Kaminoda Sensei, um Gashuku Intenso e emocionante, além de ser minha primeira ida ao Brasil.

O treino foi intenso e cheio de momentos com informações valiosas por todos os lados. Sinto ter trazido uma lista interminável de coisas para melhorar, e ainda assim acredito não ter captado a maioria do que o Sensei com a ajuda dos Sempais mais experientes nos passaram.

Foi uma oportunidade inestimável para entender através das palavras e experiências do nosso Sensei quem foi o Mestre Kaminoda, histórias reais, que nos mostraram suas luzes e sombras, mas que deixavam claro como o treinamento duro e sua constante dedicação ao Caminho são um exemplo que engrandece as pessoas que são capazes de transformar a vida daqueles que seguem os seus passos.

Pude lutar com diversos companheiros de caminho, disputas contra kamaes que nunca havia visto, lutas tão intensas e a meu ver divertidas, que poderão trazer lembranças de combates únicos que me incentivaram a algum dia, através do treinamento, poder aprender aquilo que meus Sempais aprenderam no Niten. Também encontrei muitos dos meus erros, lutar contra tanta gente nova também me ajudou a revelar minhas fraquezas, minha falta de postura, os erros em entender os kamaes. Porém com essa mistura de admiração e de erros a corrigir, voltei cheio de emoção e vontade de redobrar o treinamento para conseguir transformar isso em algo melhor.

Por outro lado, sempre senti que o Niten é um “descanso” de um mundo que às vezes está perdido na confusão sem sentido. Onde o mundo é problemático, os katas do Bushido do Niten trazem tudo mais claro e direto, como um pouco de água fresca para os que tem sede de algo que nos ajude a polir nossa vida. Se treinar na Argentina é beber um pouco de água fresca, estar próximo do Sensei é como beber direto da fonte mais pura. E conviver com o Sensei me mostrou que não é porque ele é “sobre-humano” e tenha qualidades inalcançáveis, e sim ver que seu mérito como pessoa foi não ter afrouxado no caminho durante 40 anos, e que nos convida a fazer o mesmo.

Os que puderam ficar na segunda-feira e terça-feira, tivemos a honra de conhecer a ADM e ver como é o lugar onde o Sensei comanda o Niten. Um lugar que reflete seus gostos e ideias, e por sua vez me fez sentir mais próximo. Conhecer isso depois de treinar me permitiu ver o treino de forma a não afrouxar o nó, é como um segredo, ver o que nunca vemos. É nossa missão honrar tudo isso seguindo o exemplo [do Sensei] sem parar de treinar.

Agradeço a todos os Sempais e Kouhais que nos ajudaram e conviveram, especialmente ao Sempai Wenzel que se aproximou de nós e compartilhou seu tempo na nossa estadia, e a todos os companheiros da Argentina que compartilharam a batalha, e ajudaram para que a viagem fosse tão profunda e frutífera.

Domo arigatou Gozaimashira por fazer tudo isso possível, essa viagem redobrou minha adimiração pela Instituição única que o Sensei concretizou no Niten"


Koziner - Vicente Lopez/Recoleta - Argentina

(Texto original no Café Espanhol)














































03-jul-2015

Estrategia do Jisso Enman



Inscrição no Bokuto:
JISSO ENMAN NO HEIHO - Estratégia da Realidade Cósmica


Recebi das mãos do 12º sucessor Yoshimoti soke, o bokuto de Musashi , pertencente ao mestre Gosho Motoharu. Foi esculpido a pedido de Gosho sensei para ser uma réplica perfeita da original. Gosho sensei a mantinha como reserva, caso a original se extraviasse.
Estão inscritas em sua lâmina, os seguintes ideogramas: Jisso Enman no Heiho.

Consta no Go Rin no Sho (O Livro dos 5 Anéis) que Musashi duelou mais de 60 vezes dos 13 aos 29 anos. E mesmo depois, continuou aprimorando o seu Caminho da Espada, viajando por terras de todo o Japão, atingindo o completo discernimento no Caminho, aos 50 anos.
Manteve mente e corpo à disposição do Caminho, sem relaxar em nenhum momento durante toda a sua jornada.
Em um dos trechos dessa jornada, encontrou-se com Yagyu Hyogonosuke, habilidoso mestre do Kenjutsu, nos arredores do castelo de Nagoya. Dizem que ao se cruzarem em meio a multidão, sem ao menos se apresentarem, reconheceram-se de imediato. Sem que houvesse um embate, trocaram algumas palavras e Hyogonosuke se despediu dizendo:
- Reconheço seu grande talento. A minha espada não persegue combates precipitadamente. É a espada que dá a vida.

Em seus últimos anos, Musashi chegou a Higo Kumamoto, onde conheceu o monge Shunzan pelo qual foi conduzido ao estudo profundo do budismo.
Aquele encontro, aliado aos estudos do budismo, levaram Musashi a escrever as palavras Jisso Enman em sua espada de madeira.

Jisso Enman.
Este é o legado de Musashi e que me leva a transmitir sabedoria nos Momentos de Ouro do Instituto Niten.
Mais do que ensinar técnicas antigas ou ganhar medalhas, Musashi sensei chegou à conclusão de que o mais nobre Caminho é ¨não perder tempo em batalhas fúteis, e auxiliar os seres, promovendo a compaixão¨.

Esta compreensão vem mais rápida quando adotamos algumas posições (kamae) no combate de Kenjutsu. Só experimentando mesmo...

30-jun-2015

Gashuku 1 - As peças que faltavam






"Não pude dizer durante o jantar do Gashuku, mas quando procurei o Niten pela primeira vez, buscava somente uma luta de espadas, pois achava legal.
Logo na aula experimental, encontrei algo muito mais valioso do que eu esperava encontrar: os Momentos de Ouro. Para mim, são como peças que faltavam em minha vida. É como se alguma força além de minha compreensão fizesse com que cada Momento de Ouro seja exatamente o que eu preciso ouvir na ocasião, que ao aplicar no dia-a-dia, me tornam uma pessoa melhor, e me ajudam em diversas ocasiões."
- Vasconcelos (Unidade Juiz de Fora)

A vida é um quebra-cabeça onde cada peça é importante para completar o todo. Nenhuma é mais importante ou menos importante que a outra.
Eu costumo montar começando pela base e pelos cantos.
Encontrado-as, começo a completar o todo. Sem pressa, sem dúvida e sem preocupação.
Estas peças "de Ouro" são interessantes: estão nas bases e nos cantos.
Assim é o Niten: os alicerces estão longe da vida mundana e a peça-chave é o mestre.





24-jun-2015

Subir a Montanha

O frio está aí e, para compensar, trouxe um Café com Sensei com uma grande barra de "Chocolatto" para acompanhar.
Sendo assim, sugiro que só deguste quando tiver bem acomodado:




Subir a Montanha



¨Mesmo lendo o Shin Hagakure é preciso uma compreensão muito grande para entendê-lo na íntegra, que muitos, inclusive eu, não temos. Como resultado minha percepção sobre a missão do Niten e do Sensei ficou fragmentada, pois, não compreendia as entrelinhas do livro e a simples leitura não foi suficiente para mover o espírito.

Segunda feira, vim fazer Shugyo (retiro com o mestre) com o objetivo de ser mais útil à minha unidade e à minha família, tenho tantos defeitos que já percebia o trabalho que dava para quem convive comigo e me sentia ruim com isso. Cheguei à ADM meio perdido e não fiz nada de notável até o fim do dia.

Terça feira, o Sensei me convidou para acompanhá-lo ao médico. No caminho me perguntou um pouco sobre minha família, se eu brincava muito quando era criança (respondi que não porque tinha entendido se eu brincava com o meu pai, porem agora pensando melhor eu brincava sim um pouco com meu irmão, não dei uma boa resposta). Também falou sobre como a espada lhe proporcionava uma boa saúde ao constatar que a do Sensei está ótima e que não precisaria voltar a fazer os exames até o ano que vem. Falou me também da importancia de cumprir o terceiro voto: promover a felicidade aos pais.

Neste dia, o que mais me marcou foi quando o Sensei falou sobre o sentimento que os Samurais sentiam na época em relação às lutas reais. Achei que entendi suas palavras, mas agora pensando melhor percebo que realmente só entenderei quando for cortado.

Quarta, fizemos um treino no período da manhã que fiquei tão exausto que não sei como o Senpai Wenzel conseguia lutar sem abaixar o seu Ki (energia), Ken (técnica), Tai (corpo) por tanto tempo, e acompanhei o Sensei na visita a Sorocaba.

Quinta feira ao voltar de Sorocaba continuei com as tarefas do shugyo até o treino da noite. Nos Momentos de Ouro, o Sensei me pediu que relatasse como foram os dias anteriores, e pelo que senti acho que queria me ensinar a fazer um relato o qual eu já fazia em alguns esboços no papel. Mas pensando bem, acho que Sensei me fez para relembrar tudo o que tinha passado e para me ensinar a falar as coisas direito em público.

Na hora de dormir o Senpai (veterano) Raul estava muito triste por falhar com o Sensei. Me disse que achava que seria mandado embora. Baseado na experiência em acompanhar o Sensei a Sorocaba falei que a questão não era falhar ou não e sim não demonstrar avanço pois dessa forma, mesmo o Sensei gostando dele sentiria que estava perdendo tempo.

Sexta feira, durante a manhã, o Senpai Raul me falou que recebera um saco de arroz do Sensei, ele estava muito feliz e com o espírito renovado. Fiquei pensando no por que o presente era um saco de arroz, ainda não descobri mas imagino que tenha algum significado. Depois acompanhei o Sensei até o aeroporto, acredito que o Sensei percebeu que eu ainda não entendera os principais ensinamentos me passados a respeito de agregar pessoas ao meu redor e de desenvolver meu potencial humano e por isso me chamou para carregar as suas malas. No caminho, o Sensei comentou sobre os muitos pontos em que posso melhorar mentalmente e espiritualmente para ter sucesso na vida. Farei o meu melhor para corresponder às expectativas do Sensei.

Após o Shugyo passei a entender as entrelinhas do Shinhagakure, entendi o significado da "espada que da a VIDA" e também do que é um verdadeiro Sensei. Nunca tive um Sensei que fizesse tanto por seus alunos. Começar a subir a montanha talvez tenha sido a minha melhor decisão até hoje. Não existem mais dúvidas sobre o Caminho que devo seguir e sobre o que devo fazer para virar um crisântemo reto.

Foi uma benção ter feito este Shugyo. Para continuar com o meu amadurecimento, pedi a minha mãe que me colocasse como um dos secretários de seu consultório. Mudei. ¨ 
- Kiryu (Unidade Campinas)



Havia um rapaz na antiga China que ninguém dava nada por ele. Sem brilho nos olhos, sem instrução, vazio, fútil e pobre. Um desses indivíduos que poderia ser visto como uma "desgraça divina".
- Aquele lá não vale nada. É um pobre coitado - eram as únicas palavras que podiam ser ditas a seu respeito.
Um belo dia, este rapaz decidiu subir a montanha. Era um lugar inóspito, onde vivia o mestre.
Primaveras se passaram e o rapaz desceu da montanha. Estava diferente.
- Nossa! Mas o que aconteceu com ele? Está todo diferente!- na aldeia era a notícia da hora.
Olhar aguçado e postura de guerreiro. Retornou com uma mudança notória.
Diante de tal transformação, perguntaram qual o segredo que o mestre havia lhe passado.
Descobriram que não havia segredo. O convívio com o mestre transformou o em um sábio. Havia superado todos os da aldeia.
Na minha adolescência, enquanto lá no Japão, os jovens corriam atrás da bola de beisebol e aqui no Brasil nem a língua queriam aprender, eu "subi as montanhas": fui conviver com os mestres. Os últimos samurais.
Estes mestres me aceitavam de muito grado, pois fui para a maioria, o neto que eles não tiveram.
Este convívio de quase quatro décadas na "montanha", moldaram o meu caráter. E é isto que torna a comunidade Niten uma montanha única da qual não existem mais outras.
Aqui, a transformação ocorre a partir do segundo dia.
KyogyoJisho, ir do nada para voltar completo. 

17-jun-2015

Pegando as malas

No ShinHagakure, pag. 51, está escrito:
"Cada estágio tem o espírito apropriado. Agora, no estágio em que se encontra você tem que ser como fogo: ofensivo e devastador.
Uma vez estando ao meu lado, verá muitas paisagens interessantes no Caminho

Portanto, pegue as malas e vamos lá."

Hoje, temos as palavras de quem, literalmente, veio pegar as minhas malas:



"Esta foi a primeira vez na vida em que fui ao Rio de Janeiro. Há algumas semanas atrás, recebi o convite do Sensei para carregar as malas durante sua viagem para lá, onde ocorreria Gashuku (treinamento intensivo) no domingo, dia 14.

Mas antes de dizer sobre o convívio com o Sensei, devo dizer algumas palavras sobre o espírito dos samurais do Rio de Janeiro. São pessoas atentas, sempre de prontidão, bastante unidas, divertidas. E com um Senki (energia da guerra) incrível. Conhecia alguns dos colegas de lá de outros gashukus e eventos mas, ao entrar em sua fortaleza, pude sentir um espírito forte, um ambiente onde o Hagakure Shiseigan (votos dos samurais do Niten) é expressado com intensidade. Agradeço à toda a Unidade RJ por me receber e inspirar neste treino especial (e adicionalmente ao Senpai Wenzel, pela ótima dica de visita à arquitetura modernista do MAM).

Sobre o tempo passado com o Sensei, foi uma convivência certamente bem diferente, e muito rica.
Incrivelmente, o Sensei não fica parado. Também não diminui seu ritmo. Acompanhar o mestre por alguns dias, vendo alguém que corta pela raiz e imediatamente todos os problemas que aparecem pelo Caminho, que nunca falta com o zanshin (prudência), que conversa com todos os alunos como se conhecesse de perto a cada um num convívio diário. Que cuida da "família Niten" enquanto cuida da própria família, sem medir esforços. Pude ver a marcialidade mais uma vez em primeira mão, um mestre que sabe guiar e cobrar de seus discípulos na mesma medida.

Quando se está com o mestre, o importante é saber ouvir, mais do que falar. Nesse período, o Sensei, além de se preocupar com o que acontecia comigo e com os treinos das Unidades por onde passei, me contou sobre várias estórias do Niten, o passado da Unidade RJ, curiosidades do meio militar, sobre sua família. Falou sobre quão importante é o treino com nihonto (espada legítima), e o quão importante é ter a experiência de se cortar (e então prosseguir com o treinamento). Aprender sobre tudo isso só é possível se você permanecer de copo vazio na mente, e copo cheio de cerveja.

Não cabe aqui falar de todos os ensinamentos, transmitidos tanto na fala quanto no silêncio. Até porque muitas coisas ainda demorarão um tempo para processar em minha mente. Me considero privilegiado por esses dias preciosos de convívio."
- Unidade Curitiba - Shindi Sakaguti 

02-jun-2015

59º Prêmio Paulista 2




















Sempai Wenzel e Kenzo com o Consul interino Hiroaki Sano



Sempai Kenzo recebeu o prêmio do Sr. Hirofumi Ikesaki (Presidente da  Associação Cultural e Assistencial da Liberdade) e do nosso Coordenador Geral, Sempai Wenzel 



Vereador Aurélio Nomura e Raul Takaki (Presidente do Jornal Nippak)



Comemorando já quase 15 anos de convívio de Hélio Kenzo com o Sensei e o Senpai Wenzel.




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