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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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01-nov-2013

20Anos - Demonstração 7

Há alguns anos, estava para acontecer em Brasília uma demonstração interessante: eu com um professor 7º dan do Japão.
Arrumei a minha naginata (alabarda), as luvas e o suneate (protetor de canela), pois com esta arma atinge-se também a canela do oponente.
Do outro lado, o professor tirou a sua espada de bambu do shinai bukuro e vi que não se sentia tão a vontade.
Infelizmente, mesmo estando previamente combinada na programação e já anunciada a todos os alunos presentes, o responsável da comitiva, também professor 7º dan, cancelou a nossa demonstração.
Logo a seguir, fomos para o Rio de Janeiro. Desta vez, estava combinado que seria com o professor responsável da comitiva.
Apesar de eu estar a sua frente aguardando para iniciar o combate, o mesmo não ocorreu.
Para quem não conhece as técnicas que praticamos aqui, ei-las:



29-out-2013

Só Casca

Passo hoje uma matéria feita com capricho pelo fotógrafo e reporter Nilson Soares com um dos nossos Coordenadores da equipe do Niten do Rio de Janeiro.
Fico contente que a mensagem do Niten esteja sendo passada adiante com fidelidade por alunos, monitores e coordenadores dedicados como é o caso do Vaz.
E é verdade, só casca mesmo para chegar lá


https://socasca.blogspot.com.br/



" Você tem que chegar no dojo e cumprir o protocolo, essa obrigação torna você uma pessoa mais sociável e respeitosa" prof. de Kenjutsu do Instituto Niten Vaz Alexandre





Amigos,

A arte marcial de hoje é uma modalidade pouco conhecida do grande público, confesso que eu mesmo tinha uma vaga noção do que fosse o Kenjutsu, na verdade eu confundia com o Kendo, como verão não é a mesma coisa. O Kenjutsu, a "arte da espada", talvez seja uma das mais antigas artes marciais orientais e onde a disciplina e o auto-controle são visivelmente considerados e praticados. O Kenjutsu é ensinado por professores do Instituto Niten, possuem sedes em diversos estados brasileiros e no exterior, e em todas elas pelo que pude ouvir é mantido o padrão de ensino estabelecido pelo sensei Jorge Kishikawa. Mestre Kishikawa resgatou do esquecimento o estilo do famoso Miyamoto Musashi, samurai que viveu no Japão do século XVI. Essas e outras informações obtive conversando com o professor Vaz e assistindo a um dos treinos que a galera da Niten realiza no Clube Monte Sinai na Tijuca. Fiquei bastante impressionado com a disciplina e como fazem do dojo um verdadeiro altar e acho que nesse aspecto muitas outras artes marciais têm a aprender. Sou grato aos professores Wenzel, Vaz, ao sensei Kishikawa, a secretária Patrícia e a todos os disciplinadíssimos e educados alunos do Instituo Niten que permitiram que esta edição do Só Casca! fosse realizada.





1. Só Casca ! – Professor, queria antes de tudo agradecer a senhor e ao mestre Wenzel que prontamente aceitaram o convite de conversar com o Só Casca !. Bom eu queria que o senhor me dissesse como chegou ao Kenjutsu.
2. Vaz Alexandre – Bem, pratico Kenjutsu no Instituto Niten já há 9 anos.




3. Só Casca ! – e por que justamente o Kenjutsu?
4. Vaz Alexandre –  Olha, eu lia muito quadrinhos... assistia filmes, é uma arte marcial de origem japonesa, então era nos quadrinhos japoneses, os mangás...





5. Só Casca ! – Tinha quantos anos?
6. Vaz Alexandre –  Dezoito anos.





7. Só Casca ! – Antes disso já havia tentado outra arte marcial? 
8. Vaz Alexandre –  Não, antes disso nunca fiz nada de arte marcial. Como eu dizia, acompanhava os quadrinhos japoneses até que um dia li uma edição da revista Super Interessante contando a história do famoso samurai Miamoto Musashi e coincidiu com a época do filme o Último Samurai, e pronto, aí a coisa se fortaleceu na minha mente. Fiquei impressionado com fato dele ser imbatível em todos os seus combates.. Com uma espada em cada mão enfrentar vários oponentes de uma vez só. Pensei comigo, putz! eu tenho que aprender isso... na época tomei conhecimento que a arte marcial dos samurais só era ensinada em São Paulo, não sabia que havia aqui no Rio de Janeiro. Até que um dia descobri que havia uma unidade do Instituto Niten aqui no Rio, e dias depois já havia me matriculado.





9. Só Casca ! –
Por favor, explique para nós, qual da diferença do Kenjutsu que você pratica para o Kendo?
10. Vaz Alexandre – O Kenjutsu é a "arte da espada", desenvolvida e  praticada pelos samurais antigos. Cada região, cada feudo tinha seus próprios segredos na manejo da espada. Dá pra imaginar então que exitiam várias técnicas, posturas de combate, inclusive espadas diferentes. Grande parte se perdeu no tempo...
            O Kendo é o esporte que surgiu desta arte. Mas muito limitada, com apenas golpes básicos e uma postura padronizada, limitando o praticante do Kendo.
            O Kenjustu não é esporte.

11. Só Casca ! – O senhor fez 9 anos ininterruptos, nunca parou?
12. Vaz Alexandre – Não, nunca parei, inclusive não me imagino longe do  Kenjutsu nunca.








13. Só Casca !  – Como pessoa e fisicamente o que mudou na sua vida a prática do Kenjutsu?
14. Vaz Alexandre –  Como atividade física é muito bom, nós suamos bastante, tem um aeróbico muito bom. Lutamos com uma armadura e espada na mão, que já é um exercício. Num treino bom conseguimos  queimar até 1000Kcal! Mas, o principal benefício para mim foi lidar com pessoas, que a cultura marcial acaba trazendo essa questão para a gente, eu era uma pessoa muito tímida. Depois que entrei no Niten, pratiquei alguns anos e isso mudou. Porque pela nossa etiqueta no dojo, você tem que falar com todo mundo, especialmente os mais velhos, os mais graduados. Temos que seguir o protocolo em sinal de respeito e isso me deixou mais aberto e hoje posso dizer que mudei pra melhor.







15. Só Casca ! – esses protocolos no Dojo o senhor acha que ajudam?
16. Vaz Alexandre – Claro! O Sensei está sempre viajando e ensinando coisas novas para a gente, sempre nos deixando mais rígidos, nos protocolos, na marcialidade. Isso obriga você a se integrar, a superar diferenças, timidez, ganhar auto-confiança em nome da harmonia do grupo e do respeito. Não existe no dojo a situação de você não cumprimentar ou deixar de falar com alguém porque não gosta dela, você tem que obedecer ao protocolo e superar qualquer tipo diferença pessoal. Você tem que chegar no dojo e cumprir o protocolo, e essa obrigação torna você uma pessoa mais sociável e respeitosa.











17. Só Casca ! – Competições como são no Kenjutsu?
18. Vaz Alexandre – Elas são Inter América, antes eram nacionais, nós temos dois torneios, um individual e outro por equipes. Abrangemos o Brasil todo, Argentina, Chile, México e até Portugal. São torneiros internos, apenas para os alunos do Instituto, mas nem por isso o evento é pequeno. Os torneios movem centenas! Temos sim a competição, para testar a coragem e o auto-controle, mas acima das medalhas está a confraternização, reencontrar com nossos camaradas e ainda conhecer gente de outros lugares. Fazer amigos através da espada.





19. Só Casca !  – Você já  competiu?
20. Vaz Alexandre – Sim, vem do Sensei que temos que nos testar na coragem de entrar na arena ao menos uma vez por ano








21. Só Casca ! – E o Sensei da casa, quem é, qual sua opinião sobre ele?
22. Vaz Alexandre – Ah, o Sensei Jorge Kishikawa é o tesouro nosso! E um monstro! O Sensei treina desde criança, e treinou bastante o Kendo, até o 7º Dan Kyoshi. Mas o próprio Sensei diz que chegou um tempo em que sentia que algo estava faltando. Foi esse sentimento que o levou a procurar o Kenjustu antigo e estudar as aplicações técnicas. Daí há 20 anos atrás nasceu o Instituto Cultural Niten. Fazemos uma coisa que ninguém no mundo faz atualmente. Com o respaldo dos grandes mestres do Japão estudamos técnicas de mais de 500 anos que estão nos Katas, e aplicamos em combates reais com armadura.





23. Só Casca !  – Então o seu Sensei treina o estilo do Miyamoto Musashi?
24. Vaz Alexandre – Sim, o Sensei tem a graduação máxima do estilo de Musashi Sensei. O nome do estilo é o Hyoho Niten Ichi Ryu, que dá nome ao Instituto. Além deste, o Sensei tem grau em vários outros estilos, como o Suiyo Ryu, do famoso Lobo Solitário, Shindo Muso Ryu, que tem como arma o bastão (Jô). São muitos... Por isso digo que o Sensei é incrível, porque tem a confiança dos grandes mestres para passar à frente essas artes antigas. Volta e meia o Sensei nos trás alguma novidade. Estamos sempre em movimento.











25. Só Casca !  – Para a prática, enfim, o treino do Kenjutsu é necessária toda uma indumentária, isso é bem caro, não é?
26. Vaz Alexandre – Olha, no início é um investimento considerável. Todo nosso material é importado e tem qualidade superior, apesar de existir algumas peças fabricadas no Brasil e EUA que são mais baratas, podem não ter a qualidade adequada. A preocupação maior no equipamento é a segurança. Pois, ele pode quebrar, sair farpa, machucar alguém... e coisa do tipo. Mas nesses últimos tempos, nossa tendência é deixar o mais acessível possível para todos aqueles que queiram treinar. Por exemplo, temos equipamentos coletivos para os alunos, espadas, armaduras. Com o tempo os próprios alunos vão querendo seus próprios equipamentos. Temos também o sistema de bolsas para quem precisa.








27. Só Casca !  – Além da armadura usam mais de uma espada?
28. Vaz Alexandre – Sim, temos várias! Com a luta de Bogu (armadura), só utilizamos espadas de bambu. Mesmo as espadas de bambu têm vários tamanhos, que abrem um leque de possibilidades e estratégias. Mas usamos também a madeira, espada de aço... mas em outras modalidades.















29. Só Casca ! – Uma vez conversando com um professor de Takendow, ele me explicou que o kiai tem por finalidade motivar o lutador e intimidar o adversário.
30. Vaz Alexandre – bem é isso mesmo, ali no treino você põe as suas feras para fora, faz o sangue ferver, não sei qual é a justificativa médica, mas a psicológica é para colocar as feras para fora e mostrar para o seu adversário superioridade.













31. Só Casca! – Atletas, especialmente, em artes marciais sempre convivem com lesões em razão dos treinos, no jiu-jitsu e no judô, é muito difícil encontrar algum atleta que não tenha ou já teve um histórico de lesões no ombro ou joelho, quais são as lesões mais comuns para os praticantes de Kenjutsu?
32. Vaz Alexandre – Aqui a gente sempre prima por evitar as lesões, porém conforme o aluno vai ficando mais habilidoso, o treino fica mais sério. O aluno descobre a força e as vezes ele pode desenvolver uma lesão, pode ser no pulso, no joelho. Sempre temos o esforço de evitar lesões.











33. Só Casca ! – No Kenjutsu há contato físico direto? Cinturar o adversário e quedá-lo?
34. Vaz Alexandre – Olha, contao físico no início não temos. O que existe é que quando o aluno chega na faixa vermelha, o 4ºKyu, ele começa a treinar, a aprender as técnicas de espada curta, uma espada utilizada só em uma mão, deixando a outra livre. Então usando todas as possiblidades, com a espada curta e uma mão livre, você pode dominar o adversário e golpear com a espada curta. Acaba assim havendo um contato, golpe com o corpo, que chamados de Irimi. Não temos quedas, mas às vezes acontece entre os mais antigos. Eles sabem até onde podem chegar, e a luta pode ser mais feroz, e acontecer de alguém cair. Já aconteceu comigo, claro.





35. Só Casca ! – Aproveitando sua menção agora, quais são os graus existentes em sua arte, desde o básico?
36. Vaz Alexandre – A faixa branca, sem graduação, a primeira é a azul, que é o 7ºKyu, e aí vai diminuindo até chegar à faixa marrom. Ao invés de marcar a graduação na faixa, que no nosso caso fica oculta sob o hakama, usamos uma targeta colorida no braço direito. As graduações sobem até o 1ºKyu, e depois o 1ºDan, que é a faixa preta. Tem o Senpai Wenzel que é nosso coordenador geral do Rio de Janeiro, que é segundo Dan. Dentro do Kenjutsu, da arte da espada, vai de uns 10 anos para se chegar à preta. Tem critério, precisa treinar bastante. Não há como pular etapas, há técnicas que precisa saber e também comprovar desenvolvimento espiritual.











37. Só Casca ! – Como se avalia isso? O Desenvolvimento espiritual de um praticante de Kenjutsu?
38. Vaz Alexandre – Pelas ações. Pelo convívio dentro do dojo.











39. Só Casca ! – são os colegas ou os professores que avaliam?
40. Vaz Alexandre – são os professores, todos estão observando o comportamento.





41. Só Casca ! – Cite, por favor, uma virtude que um professor vê em um aluno?
42. Vaz Alexandre – Eu costumo chamar de proativo, nas primeiras faixas aquela pessoa que está sempre disposta a ajudar, nos assuntos do Dojo, mas dentro de suas capacidades... estar sempre atento aos mais antigos e aos mais novatos, e por aí vai.





43. Só Casca ! – Essas virtudes, são aleatórias, ou vocês já tem uma lista, digamos assim de “virtudes” exigidas por faixas, por exemplo, a pro-atividade para os iniciantes, uma outra virtude para a faixas intermediárias, é isso?
44. Vaz Alexandre – Existe uma listinha, falado de boca para que cada pessoa se cuide, claro que quanto mais alto o degrau, maior é a responsabilidade, seguimos uma lógica clara. Os mais novatos tem por exemplo que cuidar da própria animação, os veteranos tem que se preocupar com os mais novatos... Nós temos os Momento De Ouro que ajudam também no desenvolvimento pessoal.





45. Só Casca ! –
  Por favor, explique o que é esse “Momentos De Ouro”?
46. Vaz Alexandre – No final de cada treino, após toda atividade física, todos suados, após todos terem treinado bastante, fazemos uma rodinha e o mais antigo, o professor ou o próprio Sensei, desperta a reflexão para combatermos nossos demônios do nosso cotidiano, de maneira clara, estimulando a utilizarmos essa cultura samurai em nossas vidas.





47. Só Casca ! – o que quer dizer essa “animação” que o senhor mencionou?
48. Vaz Alexandre – Sempre motivado, disposto a ajudar o grupo e por aí vai conforme a faixa. O faixa laranja, que já é a terceira graduação, e pode usar o kimono azul ele tem que cuidar dos senpais (veteranos), auxiliá-los, por exemplo.





49. Só Casca ! quem é a pessoa que é considerada um expoente nessa arte marcial? E por que? É o casca do Kenjutsu.
50. Vaz Alexandre – Ah eu tenho que dar o braço a torcer é pro Sensei mesmo. Passar 40 anos lutando dentro de uma armadura, aprender vários estilos antigos, vários, e se doar para ensinar o Bushido aos ocidentais é longe de ser fácil, muito longe. Sensei criou algo novo, que nem no Japão se faz. E ainda somos aceitos, bem vistos pelos grandes mestres do Japão. Outra coisa é que temos muito mais praticantes da do estilo do Niten Ichi Ryu por exemplo no Brasil que no Japão. Isso é muito gradioso.
51. Vaz Alexandre – Convido a todos que tiverem ou quiserem despertar um guerreiro dentro de si a treinar conosco. Estamos em praticamente todo o Brasil, e aqui no Rio temos Dojos na Tijuca, Botafogo, Nova Iguaçu, Niterói, Nova Friburgo, Volta Redonda... Temos muitos lugares, horários e notícias em niten.org.br  - Até o treino!





25-out-2013

12º TBEK - Convivência

Depois do Torneio (12º TBEK), sentei-me para descansar e conversar.
Falamos sobre a ultima viagem ao Japão, os bastidores das comemorações dos 20 anos da família Niten e assuntos que só em uma conversa descontraída, solta e franca podemos abrir: "conversas de família".
Todos eles, assuntos que normalmente não se comenta no dojo (local de treino), tiveram a sua vez. Cada qual com a sua importância, foram esclarecidos e iluminaram o Caminho de quem esteve lá. 
 Em boa hora, recebi de uma aluna que voltou recentemente da Europa e que, de certa forma, se aproxima do que espero ao me sentar com todos.  Ei-la : 
 
“Apesar de estar freqüentando o instituto a pouco tempo, já reconheço no Sensei um grande mestre que ensina o foco e a disciplina não apenas para a arte da espada, mas para a vida. Como diriam os gregos: "Conhece- te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses." Ou como diriam os alquimistas: "Viaja ao centro da Terra, retificando-te, encontrarás a Pedra Filosofal." Os que ensinam isto, são os verdadeiros mestres deste mundo. " - Claudia (Unidade Ana Rosa)

Treinar obviamente é muito importante. Por outro lado, ouvir os conselhos dos mais antigos e a sabedoria conquistada ao longo dos tempos enriquece quem procura se elevar.
Sem me alongar ,posso me considerar, sem exagero, um homem feliz. A razão é simples.
primeiro: porque vivo a maior parte imerso em meus treinamentos;
e em segundo: porque quando não treino, no meu descanso estou conversando com a minha familia "Niten" sobre "conhecer o Universo e encontrar a Pedra Filosofal"...

 




"Tive saudades do Nihon ao mesmo tempo que me senti lá durante a apresentação das fotos, revivi e recordei muitos, muitos momentos, graças ao evento. Quantas fichas me caem até hoje, quantas possivelmente ainda cairão? Sortudo eu? Hai!! Com certeza!
Confesso que o episódio da pequena lagartixa me provoca sorrisos no coração, bendito quarto voto do Hagakure!! 
Somos Niten, somos guerreiros/agentes por um mundo melhor!!
Muito obrigado por tantos Momentos de Ouro num domingo ensolarado!!" - Sanches (Unidade Vila Mariana/templo Nikkyoji)





"Gostei bastante dos relatos do senpai Uehara e Barreto sobre a  viagem ao Japão, pois pude ter uma visão mais clara de como funcionam as viagens com o Sensei, contendo muitos ensinamentos culturais e de vida do que "apenas" os treinos.
Também foi a 1ª vez que tive oportunidade de participar de uma roda de conversas com o Sensei sobre vários assuntos e fiquei, sem exageros, emocionado com Sensei dizendo que gosta de estar conosco, seus alunos.
São nesses momentos que aprendemos muito sobre a vida e devemos aproveitar ao máximo essas oportunidades, pois são raras de acontecer no dojo." - Cavalcante (Unidade Vila Mariana/templo Nikkyoji)








 
"O dia seguinte fechamos nossa "reunião" de família, com dois "irmãos" nos contando como foram seus dias com o Sensei em Shugyou(treinamento intensivo). Me marcou muito os Dois Leões. Ainda bem que a imagem das estátuas continua em minha mente assim poderei me lembrar.
O aprendizado continuou em uma grande roda em torno do Sensei, fechando nossa conversa, para que fossemos para casa felizes por crescermos um pouco mais com nossa convivência." - Danilo (Unidade Campinas)
 






 
 
"Este torneio foi muito rico porque tivemos a oportunidade de também conviver mais com o Sensei e ouvir os relatos do sempai Uehara e Barreto sobre os katas do bushido juntos aos grandes mestres e também a influência do bushido na cultura do Japão. São oportunidades únicas que não se repetem e eu já entendi que não posso desperdiçá-las. 
Felizes foram aqueles que mesmo não podendo participar do torneio, deram um jeito de conviver com o Sensei no domingo. Afinal de contas, aprender um pouco sobre o Caminho é mais importante para mim hoje do que ganhar muitas medalhas. 
E o Sensei teve a compaixão de dedicar seu tempo e deixar de estar com a família para estar conosco. Então devemos dar muito valor."  - Ana Lucia (Unidade Ana Rosa)


23-out-2013

12º TBEK - Torneio

Os alunos aqui de São Paulo já estão cansados de me ouvir dizer que o torneios em excesso fazem mal.
Também ouvem me dizer que a ausência deles leva ao marasmo e a preguiça de um samurai.
O ideal é um no primeiro semestre e outro no segundo.
E nestes, é preciso ir a luta.
Ao termino do Torneio, recebi, com satisfação, as palavras de uma aluna dedicada e que raramente falta aos treinos:


"Sensei sempre comenta que torneio são momentos em que tudo pode acontecer. Só que desta vez aconteceu comigo!
Errei o kata, bati a katana no chão, pisei no hakama (roupa calça), enrosquei o saya (bainha) e devo ter cometido outros deslizes que nem percebi. Pode ser por excesso de ki (garra), nervosismo... O fato é que meu espírito estava abalado e meu desempenho individual deixou muito a desejar.
Ao contrário de mim, meus colegas de equipe foram bem melhores: Sempai Fukuta, Leite, Siqueira e Coutinho. Estes sim conseguiram ter bom desempenho e manter o controle emocional nos shiais. O coletivo superou o individual.
Agora é aproveitar para aprender com os erros e, principalmente, fortalecer o espírito. Haverão outras oportunidades de colocar as técnicas e o espírito a prova e não posso cometer os mesmos erros”
- Ana Lucia Pieri (Unidade Ana Rosa)

Ao contrário dos mestres que vêem no seu aluno uma "galinha de medalhas de ouro", fiquei felicíssimo em ver a minha aluna errar. E bastante.
Ao contrário do que muitos imaginam, estamos eu e a minha aluna, felizes por este grande dia.
Este sou eu. Este é o Niten. 



























22-out-2013

12º TBEK - Sulamericano

Falhamos.
Este não foi um Torneio Brasileiro por Equipes, como havíamos anunciado.
Foi mais que um "Brasileiro". Foi um Sul Americano.
Bem, Brasileiro ou Sul Americano, não fez diferença. Sairam todos vitoriosos. O dia em que brasileiros torciam pelos argentinos e vice e versa: inimaginável.
Um fim de semana em que os que superaram as suas dificuldades e lá estiveram, puderam dar mais uma passo a frente no Caminho. 
Vale a pena ver dois deles:





"Kombawa Yoroshiku Onegaishimassu
 
Shitsurei Shimassu, Sensei.
 
La gran enseñanza y tesoro que me llevo del evento fueron las palabras de Sensei sobre que el torneo, mas que una medición de fuerzas era un encuentro para aprender a convivir entre la familia de niten.
Gratamente pude ver que en esta familia no existió idioma, bandera, raza, sexo y edad que pudieran crear separación entre la gente.
Solo en niten un grupo de brasileros le canta "argentina, argentina!" para alentar a un compañero argentino.
Eso no existe en ningún otro lado.
 
Y poder ver a Sensei acercarse a los mas jóvenes, de manera descontracturada, dando consejos y enseñanzas. "Equilibrar la garra y la técnica" todavía suena en mi cabeza.Fue oro puro.
 
Domo Arigato Gozamashita a Sensei, a Senpai Wenzel, a Senpai Danilo y todos los que estuvieron presentes, por la recepción, preocupación y la inclusión como uno mas en la estadia durante el evento.
 
Domo Arigato Gozamashita
Domo Arigato Gozamashita
 
Shitsurei Shimassu"
Huarte - Argentina
 
 


    


 


 


 


 

 
"Ohayou gozaimassu, Sensei!
 
Shitsureishimassu, ontem participei do 12º Torneio Brasileiro por equipes de Kobudo.
Por questões profissionais, estou há quase 2 meses inteiros sem poder fazer uma semana completa de treinos (Jo, Iai e Ken). Tenho chegado em casa por volta de 01:30 e levantando as 05:00. Fico muito chateado quando não consigo treinar por um período tão grande.
Ontem, quando acordei, cheguei pensar: "Nossa, estou quebrado, acho que não vou no torneio, vou dormir para me recuperar destes meses cansativos". Mesmo contrariado me levantei, dei uma volta com meu cachorro ainda indeciso se iria ao torneio. Voltei, e fui tomar banho, ainda pensando se valeria a pena ir ao torneio, pois estava cansado, sem treinar há muito tempo, poderia até mesmo constranger meus companheiros de equipe. Mas então me lembrei das palavras do Sensei, que fala de sempre praticarmos os votos do Hagakure. 
Nunca ser superado no caminho do Bushido. Quando me lembrei dessas palavras, me veio inicialmente um misto de conformismo e vergonha. Conformismo, pois na minha mente, eu tinha fortes argumentos para não ir ao torneio, afinal estava sem treinar e muito cansado (tanto fisicamente como mentalmente). Vergonha, por estar procurando argumentos para não participar de um desafio. Como também gosto de ler, me lembrei de um artigo que li há muito tempo atrás que falava que nosso cérebro "procura desculpas" para nos dar motivos para nossos erros. Em resumo, nosso cérebro busca uma forma de nos "desculpar" pelos nossos erros. Pronto, me caiu mais uma ficha, eu estava buscando desculpas para não participar do torneio. Não importa se eu estava cansado, não importa se eu estava sem treinar. O que importava era estar presente com meus amigos no caminho. 
Decidi deixar minha lógica cartesiana de lado, e seguir meu coração. Fui ao torneio e fiquei muito feliz com a minha participação, pois estive entre amigos, pessoas que vieram até mesmo de outro país. Superei velhas dificuldades e me deparei com novas. E mais ainda, me senti satisfeito de não ter sido superado no meu caminho, mesmo que os obstáculos fossem tão pequenos.
Domo arigatô pela sua insistência em sempre nos citar os ensinamentos do Hagakure. Tive uma experiência prática de como posso ser feliz seguindo-os.
Shitsureishimashitá por não ter conseguido ficar para o Domingo, pois tinha compromissos pessoais e profissionais que também não podem ser negligenciados. Já estou no aguardo do nosso gashuku de final de ano.
Omedetou para os organizadores do torneio. Impecável!
 
Sayounara, domo arigatô gozaimashitá!"
Varela - Campinas



 


 


 


 


 


 


 

21-out-2013

Convívio no 12ºTBEK


Foi um fim de semana agitado, produtivo e,acima de tudo, feliz.
O 12ºTBEK (Torneio Brasileiro de Kobudo por Equipes) teve a cobertura da imprensa local (Diário de Guarulhos 18/10/2013) e o apoio da Prefeitura de Guarulhos, que não só abriu as portas mas nos solicitou para incluirmos no calendário oficial da cidade, o Torneio de Kobudo do Instituto NIten.
A minha mensagem do dia foi cumprida e vi, nos olhos de cada um, a compreensão de que no Niten não existe a rivalidade, a competição por medalhas ou arrogância decorrente da vitória.
A convivência comigo após o Torneio, como anunciada anteriormente, além dos depoimentos dos colegas que me acompanharam ao Japão, conseguiram, se não enriquecer o Caminho de cada um dos presentes, pelo menos acordar do que é e como é constituída a nossa família Niten.
É o esforço e a dedicação de cada um de nossa família Niten que fez "do limão uma boa limonada", de um dia de guerra, em um dia agradável em que todos os presentes sairam, e ouso dizer, mais do que vitoriosos.
Segue os resultados e as palavras de uma das "vitoriosas".
Arigato a todos os alunos e acompanhantes por fazer deste fim de semana em um verdadeiro "treino para o espírito".




Shitsurei shimassu,

Ohayou gozaimassu Sensei,

Felicidade. Se tivesse que resumir esse final de semana seria com essa palavra. Senti verdadeiramente que estava no lugar certo, na hora certa. Percebia através das conversas, orientações, e até mesmo nos momentos de descontração que meu coração sorria.

Durante o Torneio, percebi uma diferença na atitude de encarar o desafio. Antes, ficava mais tensa, com vergonha. Agora, senti um pouco mais de confiança e mesmo que o coração ainda bata mais rápido quando falam "Hajime!", consegui manter o foco (só um pouquinho a mais) naquilo que devia fazer. Percebi o inesperado, errei coisas que não costumam aparecer nos dias de treino. Ganhar ou perder começaram a ficar em segundo plano, eu só pensava em sobreviver.

Senpai Uehara e Senpai Barreto trouxeram diversas informações valiosas e interessantes sobre o convívio com Sensei e os Mestres do Nihon, detalhes de planejamento, estratégia e mesmo os momentos de descontração eram fontes de novas descobertas. Devo confessar que uma questão me intrigou após a palestra, qual teria sido a refeição da aranha naquele dia?

Depois que Sensei explicou que o Torneio fazia parte principalmente do treino espiritual, revisei minhas atitudes. Consegui repassar aqueles momentos, e tive mais vontade de treinar. Treinar para superar os obstáculos da técnica, das limitações do próprio corpo para que num próximo desafio, conseguisse enxergar além. Equilibrar garra e técnica num momento decisivo; mais uma vez percebi que o Caminho é longo e pequenos detalhes fazem toda a diferença. Escutar Sensei, Senpai Uehara, Senpai Barreto, Senpai Wenzel, Senpai Sanchez e o colega de treino Mauricio (Belém-PA) deram a tônica do que seria Trilhar em diferentes momentos do Caminho.

Vontade de viver.

Arigatou gozaimashita por esta oportunidade,

Shitsurei Shimassu,
- Toshi (Ana Rosa)






12º Torneio Brasileiro por Equipes de Kobudo
RESULTADOS


KIR JOVEM
1º – Pedro-SP
Yoshimitsu-SP
Alexandre-SP
Kevin-SP
2º – Julia-SP
Takemitsu-SP
Hiromitsu-SP
Tiago-SP
Alex-SP
JOJUTSU
1º – Fugita-SP e Marques-SP
Massao-SP e Vaz-RJ
Beatriz-SP e Tengan-STS
2º – Luciana-SP e Alves-PR
Ana Tomita-SP e Joyce-SP
Drawin-BH e Fonseca-BH
Toshi-SP e Marcia-SP
3º – Danilo-CAM e Holschuh-CAM
Bhering-DF e Huarte-ARG
Del Vechio-RIB e Varela-CAM
3º – Hiroshi-SP e Fukuta-SP
Guilherme-CAM e Silva-SP
Impieri-RJ e Villela-BH
Brandolin-SCA
JITTE
1º – Hiroshi-SP e Fugita-SP
Marques-SP e Massao-SP
Villela-BH e Brandolin-SCA
2º – Danilo-CAM e Guilherme-CAM
Bhering-DF e Holschuh-CAM
Drawin-BH e Fonseca-BH
KUSARIGAMA
1º – Fonseca-BH e Drawin-BH
Holschuh-CAM e Guilherme-CAM
2º – Hiroshi-SP e Danilo-CAM
Marques-SP e Massao-SP
IAIJUTSU
1º – Danilo-CAM
Guilherme-CAM
Varela-CAM
Demberg-SOR
Souza-ES
2º – Fukuta-SP
Ana Lucia-SP
Leite-SP
Siqueira-STS
Coutinho-SP
3º – Wenzel-RJ
Folly-RJ
Severino-SP
Impieri-RJ
3º – Drawin-BH
Heredia-SP
Numa-UBE
Arthur-ES
KENJUTSU MASC.
1º – Delfino-SP
Felipe-SJC
Regis-SJC
Sá-SP
Augusto-SP
Gilberto-SP (Técnico)
2º – Stefam-RJ
Cesar-SP
Osmar-SP
Eduardo Martins-SP
Adeval-SP (Técnico)
3º – Edgar-SP
Del Vechio – RIB
Victor – SCA
Italo-SP
Chiozini-SCA
Brandolin-SCA (Técnico)
3º – Folly-RJ
Amargos-SP
Garcia-SP
Francesco-SP
Vaz-RJ (Técnico)
KENJUTSU INICIANTE SEM BOGU
1º – Rezende-SP
Severino-SP
Cavalcante-SP
2º – Gabriel-STS
Mauricio-RN
KENJUTSU SENIOR
1º – Cadu-DF
Osmar-SP
Cesar-SP
2º – Del Rio-RJ
Edgar-SP
Impieri-RJ
3º – Numa-UBE
Takeshi-SP
George-STS
3º – Bhering-DF
João Paulo-SP
KENJUTSU FEMININO
1º – Carol-RS
Bianca-PR
Silvia-SP
Marcia-SP (Técnica)
2º – Luciana-SP
Machado-ES
Gabriela-SP
Silva-SP (Técnico)
3º – Nuria-SP
Beatriz-SP
Stefanie-SP
Wenzel-RJ (Técnico)
3º – Ana Tomita-SP
Ana Lucia-SP
Kate-SOR
Vaz-RJ (Técnico)
NAGINATA
1º – Danilo-CAM
Osmar-SP
Cesar-SP
2º – Drawin-BH
Fonseca-BH
3º – Del Rio-RJ
Cadu-DF
Guilherme-CAM
3º – Marques-SP
Massao-SP
Amargos-SP
KOBUDO
1º – Danilo-CAM
Holschuh-CAM
Guilherme-CAM
2º – Del Rio-RJ
Cadu-DF
Demberg-SOR
3º – Silva-SP
Osmar-SP
Cesar-SP
3º – Massao-SP
Marques-SP
Amargos-SP
KENJUTSU 3ºKYU E ACIMA
1º – Marques-SP
Massao-SP
Marchese-SP
2º – Danilo-CAM
Holschuh-CAM
Guilherme-CAM
3º – Drawin-BH
Fonseca-BH
3º – Fugita-SP
Numa-SP

18-out-2013

20Anos - Feras 6


A espada menor talvez tenha sido a primeira das armas perfuro-cortantes a ser utilizada pelo homem, até antes que as espadas.
Denominadas no Japão de Kodachi, Wakizashi, Tanto, Kogatana, Metezashi, Kaiken e vários outros nomes, existiam nos katas de praticamente todos os estilos ou escolas tradicionais de Kenjutsu, Hyoho Niten Ichi ryu Kenjutsu, Suiyo ryu, Sekiguchi ryu, Tenshin Shoden Katori Shinto ryu, Kasumi Shinto ryu, Shindo Muso ryu Jojutsu e vários outros.
De maneira que deixara de estudar as suas peculiaridades, vantagens e desvantagens seria leviano para todos aqueles que almeja senão a invencibilidade, o conhecimento na senda do guerreiro samurai.
A partir de hoje, serão exibidas as 4ª de finais do grande Torneio dos Feras do Niten, onde os combatentes farão 3 duelos, sendo o 1° escolha livre de arma (pode usar a sua preferida), o 2° e o 3° por sorteio de arma (tem que usar a arma sorteada).
Isto quer dizer: Você não pode ficar apegado a nenhuma arma.
Isto quer dizer: Você não pode ficar acomodado em uma só postura.
Isto quer dizer: Você tem que dominar todas as técnicas e o mais importante: tem que ser livre para lutar.
Uma das estratégias quando se utiliza a espada menor é a de imobilizarmos o oponente, seja no braço, mão ou outras partes para depois desferir o golpe da misericórdia e é o que também será visto no combate a seguir. Se o golpe for desferido logo na sequencia da imobilizacao, vira Ippon, 1 ponto. Em não ocorrendo o golpe seguida da imobilização, temos um Yuko (bom golpe), ou seja, 0.5 ponto.
Amanhã, também no 12° Torneio por Equipes, veremos quem é "fera" com a espada menor...



Gilberto (unidade Ana Rosa) x Breno (unidade Rio de Janeiro)

16-out-2013

20Anos - Demonstração 6

As imagens a seguir são a prova de que ao longo destes 20 anos, as Unidades do Niten distantes de São Paulo souberam assimilar os ensinamentos e levá-las para suas cidades a ponto de serem tão boas quanto as de São Paulo. Eu diria: o suficiente para nem um japonês lá do Japão "botar defeito".
O Nível de Curitiba no Jojutsu é um exemplo:





Jojutsu - Rocco e Adrian


14-out-2013

20Anos - Feras 5

"A manhã do domingo mostrou de que fibra são moldados os samurais do Niten. Mulheres e homens se degladiaram em combates épicos. Como em um Coliseu, guerreiros saltavam e golpeavam, para a admiração do público (que eram os próprios colegas de treino), mas sem o caráter pejorativo de uma disputa por mera diversão; ao invés disso, era uma demonstração do que aprenderam e treinaram ao longo dos anos, um agradecimento explícito em kiais e golpes ao Mestre que dedicou sua vida a nos ensinar.
Creio que não estou sendo incoerente em chamá-los de gladiadores, pois havia energia, técnica e disposição, como se fosse o último combate da vida de cada um. Mas reforçado pelos padrões samurais de respeito mútuo, honra e lealdade."
- Ricardo (Unidade Brasilia)

Vaz vai para o ataque frontal sobre Drawin e é golpeado no abdome no contra golpe. Idem ao segundo ponto.
Poderia ter mudado sua tática. Se tivesse alternado os pés ou a posição da espada não teria tomado o mesmo golpe:



Vaz x Drawin



Uma demonstração de até onde a ousadia e determinação podem chegar.
Ignacio portador de deficiência física (ausência do antebraço esquerdo) luta com todas as suas forças.
Foi um combate de igual para igual. Épico...





Ignacio x Alessandro

11-out-2013

Mulheres e Kendoca do Japão 1


"O treino de ontem foi muito especial. Além da presença majoritária feminina na aula de Jojutsu, foi muito gratificante presenciar a parte final com as demonstrações de Kenjutsu juntamente com o visitante do Nihon e 2° Dan de Kendo.
Tivemos a bela oportunidade de ver a diferença das técnicas utilizadas no Kenjutsu versus Kendo. Nosso caro visitante demonstrou reflexos rápidos  pelos 10 anos de treino, mas não o suficiente para defender os golpes do Kenjutsu. Ficou evidente a eficácia de cada kata aplicado, junto com os diferentes kamaes utilizados pelos Senpais Delfino, Silva e Fugita. Ele pôde comprovar a eficácia de cada golpe, todos explicados com detalhe e muita paciência pelo Sensei.
Com o uso das palavras do Senpai Fugita, ontem não teve Momento de Ouro, mas sim, Momento de Platina!"
  - Toshi (Unidade Ana Rosa)

Você vai achar que a foto foi montada, combinada, marcada ou planejada.
Pior: fui ao Japão e na minha ausência as mulheres "tomaram o espaço" no Jojutsu, de maneira que quando eu cheguei a situação era, com todas as letras, esta:



   
"Mulheres dominando o Jojutsu"


É gratificante ter tantas mulheres no treinamento, mas não precisavam ter "expulsado" os colegas durante a minha ausência...
Não posso deixar de citar também o Kenjutsu no mesmo dia. Tivemos a visita do Sr. Watanabe, 28 anos, do Japão. Praticante de kendo há 10 anos,  veio conhecer o NIten e teve as seguintes impressões, exteriorizadas em português pelos nossos alunos:


"Fiquei encarregado de mostrar a ele nossos KAMAES (posturas) e técnicas. Ele batia bem o MEN (cabeça), mas muitas vezes agia como se fosse um total iniciante pois estranhava segurar a espada com inclinação lateral e bater no plano dessa inclinação, na altura do HIMÔ (cordão) do MEN. No que o SENSEI explicou depois ser um golpe originalmente pensado para acertar entre o pescoço e o tronco. Estranhou também os golpes com uma só mão.
Interessantíssimo observar o combate no final, onde o SENSEI colocou seus mais graduados presentes para lutar com o visitante apenas em espírito demonstrativo, utilizando muitos KAMAES diferentes.
Apesar dele ser rápido, fica evidente a diferença de uma pessoa treinada para vencer uma luta real. Mãos e pés livres, desferindo golpes que para ele eram inesperados. Restava-lhe correr pelo DOJO tentando desvencilhar-se dos golpes.
De tudo entretanto, mais importante, ao final, ouvir um KENDOÍSTA japonês dizer que somos muito disciplinados no treino e gentis no modo de recebê-lo.
Essa é a impressão que todo brasileiro deveria causar para qualquer estrangeiro, mas conseguir isso com um japonês foi muito gratificante." -
João Paulo (Unidade Vila Mariana/templo Nikkyoji)



João Paulo, Sensei e Watanabe


Durante a luta, percebi 3 pontos que ao meu ver são importantes :
1) O Kendoca ficou bastante acuado quando lutou contra os diversos kamaes (posturas), principalmente o Chudan Nito (duas espadas do meio) e Kodachi (espada menor);
2) No tsubazeriai (clinche), praticamente ficava anulado e aberto a golpes, pela falta de soete (posicionar a mão no dorso da espada) no Kendo;
3) Mesmo afastado durante vários anos do Kendo, demonstrou uma movimentação excelente, algo que devemos treinar forte.
Fora da luta, conversando um pouco com ele, percebi que ele estava realmente de “coração aberto” para conhecer o que fazemos, e ficou impressionado com a nossa disciplina durante o treino, resultado direto do convívio com o Sensei. Acredito que durante aqueles momentos, ele se “encontrou” com o Niten. "
- Delfino (Unidade Ana Rosa)



"Se encontrando no Niten"








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