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Famílias Niten

Pais, mães, filhos... O Niten é lugar de juntar a família para treinar e cultivar virtudes
Do dojo para casa, de casa para o dojo.


Cuidando de Pérolas - Família Pontes

por Evandro Pontes - SP/São Paulo - 25-nov-2016




Depoimento da Cristiane Pontes (mãe)

"Konnbawa Sensei, Arigatou gozaimashitá pela oportunidade.
Tenho que confessar que, de início, quando meu marido falava sobre Kenjutsu, me mostrava o site do Niten, falava sobre o Sensei, eu pensava que não teria condições de participar de tal atividade, não tinha habilidade ou coordenação, não tinha força e, além do mais, não tinha energia e tempo para mais nada: trabalhava muito durante a semana, tinha que cuidar de duas crianças pequenas, de minha mãe, que acabara de ficar viúva, e administrar a casa. Mas, meu marido insistiu. Até que lançou um argumento que foi decisivo: vamos fazer uma atividade em comum, em família; vamos trilhar um caminho todos juntos desde o início. Sugeriu que fosse feita, ao menos, uma tentativa. Iríamos visitar o Dojo, observar e, quem sabe, experimentar...

Já se passaram três anos e agradeço por ter rompido as barreiras que nós mesmos criamos, por desconhecimento, insegurança, preconceito, falta de autoestima ou mesmo preguiça. Não é fácil sair da zona de conforto, mas é muito gratificante ficar fora dela.

Viver o Niten tem sido muito transformador, para cada um de nós, individualmente, e também para a família. Nossa família está muito unida e forte. Acredito que até criar os filhos ficou muito mais fácil. A atenção, os ensinamentos e a inesgotável (tomara) paciência do Sensei, o carinho e a dedicação dos Senpais e também o convívio com as outras crianças e jovens que compartilham o mesmo Caminho, nos ajudam, como pais, a desenvolver nossos filhos, com exemplos e experiências concretas, que não seriam possíveis em outros ambientes.

De início, acreditava que treinando junto com meus filhos, daria um bom exemplo. Mas, olhando com mais cuidado, percebi que, na verdade, quem nos dá o melhor exemplo são nossos filhos, com sua mente e espíritos abertos para aprender, para tentar, insistir e nunca desistir, sua inesgotável energia e alegria, sua leveza com “kiai”. E descobrir isso, é muito mágico.

Espero que este relato sirva de incentivo para que, especialmente, as mulheres aceitem o convite de seus maridos e seus filhos para trilharem o Caminho no NITEN juntos. Ao menos, experimentem.

E para os filhos e maridos, que querem verdadeiramente treinar em família, vai a dica: ajudem sua esposa ou mãe em casa com as atividades que ela faz enquanto vocês estão treinando, pois as mulheres Samurais não ficavam sozinhas cuidando da casa, elas iam junto para a Guerra. Acredito que isso também faz parte do treinamento em família.

Domo arigatou gozaimashitá por tudo, Sensei." 






Palavras da Fernanda (6 anos) colhido em uma série de bate-papos em família, sobre o NITEN...
Porque o NITEN é importante para mim e para a minha família?


Eu gosto muito do NITEN. Gosto muito de ir lá. O NITEN é importante porque a gente aprende muita coisa. É o lugar que eu mais gosto de brincar. Também adoro ir para o NITEN para desenhar. O Sensei disse que os samurais adoravam desenhar e eu adoro desenhar também. Gosto muito de ouvir o Sensei nos Momentos de Ouro com as outras crianças. É um lugar onde a minha família está junto com outras famílias e isso é muito legal! Eu adoro quando tem as festinhas e os passeios com essas outras famílias. E eu também gosto muito de viajar com as famílias do NITEN para brincar em lugar diferentes.”



O Eduardo, por sua vez, fez questão de fazer o depoimento dele de próprio punho, junto com um desenho dedicado ao Sensei.
Esse depoimento do Eduardo foi feito inteiramente por ele, sem a intervenção dos pais.
Trancou-se no quarto e saiu com essa carta, que revela muito do que ele tem no coração dele em relação ao NITEN.
Banzai!











Palavras de Evandro Pontes (Pai) 

"Nossa saga no NITEN começa muito antes de nosso ingresso no Dojo Vila Mariana. Na verdade, começou em 2008, quando nasceu o Eduardo.

Nesse tempo eu e Cristiane, já casados há tempos, tínhamos nossas atividades físicas separadas. Embora frequentássemos os mesmos clubes e academias, quase nunca fazíamos as atividades juntos: cada um administrava suas próprias atividades, conciliando os interesses e horários.

Meu envolvimento com artes marciais vem de longe e minha paixão pela Cultura Japonesa veio sendo compartilhada paulatinamente pela namorada e depois esposa.

Mas quando recebemos de Deus a responsabilidade de cuidar do Eduardo e, dois anos depois, em 2010, da Fernanda, concluímos que as atividades precisariam se consolidar em um Caminho Único para toda a família.

Depois de vagar por muitos dojos e alguns “amontoados de tatames” (que pretensiosamente se autointitulavam “Dojo” disso ou “Dojo” daquilo), intensificamos as pesquisas e descobrimos o NITEN na virada de 2012 e 2013. Pedi para a Cristiane ler atentamente o site e as informações. E antes de nossa primeira visita, estudamos o site, a biografia surpreendente do Sensei e após assistir alguns treinos no Templo Nykkioji na Vila Mariana em meados de 2013, decidimos experimentar uma aula inaugural.

Minha estratégia foi entrar por último. Cristiane e Eduardo fariam a aula inaugural primeiro e uma vez no Caminho, eu seguiria depois. Do meu lado, eu tinha a certeza de que a escolha tinha sido correta, mas necessitávamos de plena adaptação da Cristiane (que tinha tido experiências muito superficiais com artes marciais) e do Eduardo (que apenas tinha experimentado judô escolar de qualidade muito duvidosa e um judô de academia de excelente qualidade). Tínhamos combinado que trilharíamos todos juntos o Caminho e a decisão teria que ser unânime, para não repetirmos as experiências negativas de antes. O problema com o Judô é que não servia à Cristiane e, ao mesmo tempo, me colocava numa condição muito diferente em relação aos meus filhos. Como tinha sido um competidor nos idos das Décadas de 1980/1990, as academias, por melhores que fossem, insistiam em me colocar num caminho (aqui, com letra minúscula mesmo) de torneios semanais e isso estava me separando do Eduardo, ainda que estivéssemos frequentando o mesmo espaço físico.


Precisávamos de algo onde todos nós seríamos iguais e partilharíamos um Caminho verdadeiro e, todos, lado a lado.

Naquela manhã fria no Ibirapuera, em que o NITEN escolheu para celebrar seus 20 anos de existência, Cristiane fez sua aula inaugural com Senpai Drawin enquanto o Eduardo foi recebido pelo Senpai Costa. A paixão pela arte da espada foi instantânea!
Na semana seguinte, ambos matriculados, fiz minha aula inaugural com Senpai Hori e desde esse momento, partilhamos lado a lado um mesmo Caminho. O Caminho é o mesmo para todos, mas guarda ainda a individualidade e a percepção de cada um no convívio que temos com o Sensei e com os Senpais e que tem sido, desde então, o nosso principal alimento para a alma.

Não tem sido um Caminho fácil, pois na medida em que evoluímos, nossos defeitos vão ficando mais evidentes, mas o fato de estarmos nessa jornada juntos, apenas melhora a nossa capacidade de superação e, no lado positivo, amplifica bastante as virtudes: Momentos de Ouro que são capturados por oito ouvidos, posso comprovar, são muito mais eficazes do que quando são captados por apenas dois. E esse é o hidensho que compartilho: falar sobre virtudes em casa, sobre Momentos de Ouro e compartilhar essas experiências (tanto as “vitórias” quanto os “sapinhos”), criaram em nossa casa uma energia diferente. Nossa casa e nossa vida em família tem uma energia diferente graças ao NITEN e ao Sensei.

Shin Hagakure, Gashukus, Momentos de Ouro, Momentos de Diamante, Shugyos, Bonnekais, Viagens, eventos do KIR Jovem e, logicamente, os treinos: essas coisas fazem parte da nossa vida tanto quanto as palavras “pão”, “arroz”, “feijão” e “água”. Encontramos no NITEN um verdadeiro TEMPLO PARA A FAMÍLIA que reverbera em nossa casa as virtudes que cultivamos e que queremos que nossos filhos cultivem no futuro para nossos netos, depois para os netos deles e assim por diante. Justiça, Coragem, Benevolência, Sinceridade, Honra, Lealdade – não apenas no Dojo, mas principalmente e sobretudo em Casa, no Trabalho e na Escola, um zelando pelo outro, um cuidando do outro e todos cuidando da família ao mesmo tempo.

E por fim, se alguém acha que conhece bem a própria esposa, o próprio marido ou os seus filhos ou pais, lançamos um desafio: cruze espadas em um keiko, em um shiai e descubra o que essa pessoa (que você acha que conhece) tem a lhe revelar em cada men, em cada kotê, em cada dô, em cada tsuki, em cada Sassen, em cada kaishidô, em cada saque de kataná seguido de um corte num kata de Suio Ryu Iai...


Anne Frank, uma menina que enfrentou a guerra, chegou a escrever em seu diário: “Você só conhecerá de fato uma pessoa depois que lutar com ela: conhecerá verdadeiramente o seu caráter e personalidade”. Se você pretende saber o significado dessa frase além das letras frias do papel, coloque o bogu em sua família toda, empunhe sua katana ou seu jo e.... venha para a “guerra” treinar conosco – em Família!!!
Okage Samadeshitá... "


Tags: Familia,


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