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Kendo Nippon - Coluna do Baba Sensei

por Mídia - Niten - 17-set-2008

Matéria Publicada na Kendo Nippon 2008-09
Confira a tradução na íntegra:

"NÃO QUEREMOS PERDEDORES"

Nº 29


"Não existe futuro no meio do kendo, onde se valoriza somente as disputas vencer ou perder. Deve-se buscar um método que transmita as virtudes e que aprimore o potencial do indivíduo como um todo para que todos os praticantes de kendo sejam vencedores."



KENJUTSU DO BRASIL

Aprender com o Instituto Niten, que aprimora a filosofia da vida dos brasileiros através do "Espírito Japonês do Bushido"

Viajei para Brasil durante dias 20 de abril a 6 de maio numa programação de 17 dias e 16 noites, a convite do Sr. Jorge Kishikawa, com quem há muitos anos mantenho contato e amizade. Acompanharam na viagem 16 alunos do Campus Tsurukawa da Universidade Kokushikan, passando comigo dias de “Samadi (Zanmai)” em Kendo, Iaido e Kobudo.

No ano de 1993, Sr. Jorge Kishikawa fundou o Instituto Niten no Brasil. Ele é uma pessoa de grande capacidade de kendo, sendo a força motriz que levou a seleção brasileira de kendo ao 3º.lugar no Mundial de Kendo do ano de 1988. Mais do que kendo, possui profundos conhecimentos de bushido, e apesar de vida bastante ocupada como médico, vem visitando Japão várias vezes para treinar Kobudo junto aos Soke de vários estilos, e, além de estilos de kenjutsu como Niten Ichi ryu e Suio ryu, também continua estudando Jojutsu, Kusarigamajutsu, Jittejutsu. O Instituto Niten foi fundado com intuito de enraizar estes conhecimentos no Brasil. Sr.Jorge Kishikawa teve de afastar da Federação Brasileira de Kendo por alguns motivos, mas os alunos do Instituto Niten vem aumentando ano após ano, e atualmente possui 40 unidades no Brasil, Argentina e Chile, com mais de 800 alunos.

A reportagem em si sobre os dias no Brasil relatarei a partir do mês que vem.



Nesta edição queria relatar sobre a forma de abordagem a qual Niten trata sobre o assunto e as minhas impressões sobre ele.

O que Sr.Jorge Kishikawa está buscando é a espiritualidade demonstrada no Bushido do Japão.
Por exemplo, explica que, por mais que haja “Chi(conhecimento)” com alta escolaridade, se não possuir “Yuuki(coragem)” não poderá ter sucesso na vida social, e assim para suprir a parte mental do treinamento ele desenvolveu o chamado método KIR. O principal objetivo do
Niten está em aprender por meio da espada valores como coragem, seriedade, compaixão, respeito e humildade. Muitos dos alunos são pertencentes à alta camada social, como médicos, advogados, políticos ou administradores de empresas. Por outro lado, o Niten possui notável sistema de apoio especial aos alunos com interesse de treinar mas que não possui condições financeiras, tornando acessível o treino mesmo para estas pessoas.

O que motivou o Sr.Jorge Kishikawa, que possui profundos conhecimentos de Kendo, a preferir Kobudo, Iaido e Jodo foi o fato de que ele encontrou o Bushido no fundamento do Kobudo. Em outras palavras, ele pode ter achado que somente com o Kendo moderno usando shinai seria difícil transmitir a espirituaridade do Bushido. A minha impressão é de que, no Niten, os alunos estavam conseguindo alcançar os valores para melhor viver através da prática de “Budo Clássico”. Para os alunos, literatura como “Bushido “ de Nitobe Inazo e “Gorin no Sho” são leituras imprescindíveis, e eles estão treinando dia após dia com intuito de aproximar a espírito de samurai.


Por outro lado, como está a situação do Japão?
Quantas pessoas estão treinando para estudar sobre espírito de samurai?
E quantos professores estão preparados para ensinar esta espiritualidade?
A Zenkenren vem pregando “filosofia do kendo” e “objetivo de treino do kendo”, mas até que ponto estes preceitos realmente estão sendo seguidos?

Infelizmente, até parece que objetivos de treinar kendo sejam apenas ganhar nos torneios ou obter graduações. Os seminários sobre kendo vem sendo realizados com temas como “técnicas básicas”, “técnicas de arbitragem” ou “kendo-kata”, faltando “seminário de bushido” ou seja abordar sobre aspectos culturais. É necessário que kendo seja coisa aplicável na vida cotidiana para que a demanda do kendo seja aumentada.

No Brasil está comprovada a existência de uma escola socialmente respeitada onde a camada mais culta da sociedade faz fila para ingressar.
E no Japão? Existem no Japão vários seminários mas até que ponto os Hanshi e 8º.Dan do Kendo, que são as pessoas de mais alto aprimoramento do Kendo que prega “formação de pessoas”, são chamadas para ministrar palestras?
É necessário repensar seriamente sobre a situação.



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