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Jornal Zero Hora - Samurai no Trabalho

por Niten - RS/Porto Alegre - 03-jun-2014

Matéria publicada no dia 01 de Junho.



Samurai no Trabalho
A milenar cultura japonesa ensina que os lutadores são honrados, leais e buscam a sabedoria. Na vida profissional, esses valores também são importantes

Empunhando a sua espada metafórica, o profissional sai todo dia para o trabalho. Como um guerreiro, enfrenta desafios e supera obstáculos para sair vitorioso na carreira ou combater suas próprias dificuldades.

Essas lições são de um legítimo samurai. Jorge Kishikawa foi educado nesses costumes e hoje é sensei — aquele que veio antes, um professor. Como lutador, percebeu que novos horizontes poderiam ser abertos em outros campos de luta. Mudança de postura em situações de adversidade, disciplina e autocontrole ajudam a ser bem-sucedido ao lidar com um cliente ou para conquistar uma promoção.

Com base no que aprendeu com os mestres, Kishikawa criou um método chamado KIR (Ken Intensive Recuperation, ou Recuperação Intensiva Através da Espada), que combina o treinamento da espada samurai e os fundamentos do bushido, o código de honra desses guerreiros orientais. Além disso, fundou o Instituto Niten, 1993, para difundir os ensinamentos milenares das artes da espada samurai e a cultura japonesa.

— A analogia da nossa filosofia com o mundo corporativo pode ser aplicada em todos os ensinamentos. As empresas são feudos, e cada feudo tem que cuidar bem dos seus samurais. Os que não são bons têm de ser afastados e os melhores precisam ficar na liderança — ensina Kishikawa.

Na competitividade do mercado de trabalho, honra, lealdade, busca de sabedoria, gratidão e busca pela perfeição estão presentes — assim como na cultura samurai. Para desenvolver essas habilidades e incorporá-las, é preciso, antes de tudo, senti-las, ensina o sensei. Além da teoria, os praticantes passam por uma experiência prática que inclui as artes da espada samurai.

— A experiência da luta vai ajudá-lo a ir para frente. Ensina a arriscar, mas também mantém forte a ética e os valores das disciplinas físicas e mentais orientais. Mais do que um chefe, um líder é alguém que demonstra que mesmo em uma competição, é preciso ter compaixão pelo adversário — diz o administrador Alessandro Rabello, que coordena a unidade do instituto na Capital.

No país, 10 mil pessoas de cerca de 200 empresas já participaram de cursos com essa filosofia ministrados pelo Niten. Após passar pelo treinamento, Eduardo Martins, diretor da Phillips Brasil, conta que sentiu avanços nos resultados de seus liderados:

— Segurar uma espada que de fato pode cortar nos ajuda a exercitar a atenção e o autocontrole. O executivo precisa estar atento aos seus liderados, a falha de um pode significar a derrocada de todos. No meu caso, que comando equipes grandes, o treinamento foi importante para motivar o grupo em suas atividades.

 

Os ensinamentos orientais

Humildade — Da mesma forma com que um samurai reverencia os mais velhos, um profissional precisa ter respeito com os veteranos.

Busca pela sabedoria — Qualificação constante é fundamental para a carreira.

Gratidão — Segundo os preceitos, ninguém conquista nada sozinho. Da mesma forma, o trabalho em equipe é fundamental para o sucesso profissional.

Perfeição — Empenhar-se para fazer bem as suas tarefas, principalmente aquelas mais difíceis ou as que o profissional não gosta, pode ser o diferencial que levará à vitória.

Lealdade — Mesmo que o profissional se mantenha sempre de olho no mercado, assim como um samurai está sempre atento à luta, enquanto estiver em determinada empresa deve manter-se fiel. Projetos e ações não devem vazar.

Cortesia — Ser gentil com todos ajuda a abrir portas.

Compaixão — O samurai sempre se coloca no lugar do outro como um gestor precisa se colocar para compreender sua equipe.

Autodomínio — Em algumas situações, é preciso colocar a razão diante da emoção.

Disciplina e foco — O samurai tinha uma única chance de vencer nas batalhas de vida ou morte. No trabalho, um profissional não pode desperdiçar boas oportunidades.

Comunicação — Muitas chances podem se perder se o profissional não conseguir receber nem transmitir as informações.

Estratégias — Um bom plano de carreira é tão importante quanto as estratégicas na guerra. É preciso escolher bem armas, posturas e técnicas que serão utilizadas.

Energia — Não adianta entrar em uma guerra sem energia, assim como não cresce quem permanece em sua zona de conforto.

comentários  

Ivan Mota Santos - Juiz de ForaÓtima matéria! Premiando um excelente trabalho! Omedetou samurais! Gambatê Senpai!

Mauricio - Belém (PA)Excelente texto.
Um ótimo material, para se utilizar em uma aula universitária, sobre Gestão Empresarial.
Para quem prática o Kenjutsu melhor ainda, pois ganha duas vezes. A primeira pela cognição do tema e a segunda pelo privilégio do sentimento.

Mára - Guaíba RSImpressiona a maneira forte e firme que os ensinamentos do Niten se encaixam no mundo fora do Dojo.
Arigatou gozaimashitá por mais este ensinamento.



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